24 outubro 2010

Orçamento de Estado para 2011

Está actualmente em debate, sério e credível, o Orçamento do Estado para o Ano de 2011.

Na minha modesta opinião, este Orçamento volta ser mais uma fraude, mais um documento que tem que ser elaborado, apresentado e aprovado!

O maior problema deste Orçamento não está nos cortes a que o próprio Estado se submete, nem aos enormes sacrifícios que o povo Português mais uma vez terá que fazer.

Os próprios responsaveis pela elaboração do documento afirmam ser um Orçamento "necessário". Ora, se nem os responsáveis por tal redacção acreditam nela, como havemos nós, simples plebeus, acatar tais decisões?
Ameçam-nos com o problema de termos entidades externas, como o FMI, a tomar conta do nosso País e que tal seria a grande desgraça do nosso querido País... questiono.... será assim uma desgraça tão grande?

Em meu simples entender, o GRAVE problema do Orçamento de Estado para o ano que vem, é precisamente o mesmo problema de todos os Orçamentos anteriores. SÃO DOCUMENTOS ELABORADOS SEM ESTRATÉGIA.

Questiono os mais entendidos e iluminados nesta matéria:
- Qual é a grande estratégia, presente neste Orçamento para a rede de transportes?
- Qual é a grande estratégia, presente neste Orçamento para a saúde?
- Qual é a grande estratégia, presente neste Orçamento para a educação?
- Qual é a grande estratégia, presente neste Orçamento para a justiça?
Podia enumerar outros, mas a resposta também não teria qualquer conteúdo.

Enquanto não houver um motivo racional considero que não devem pedir consecutivamente aos cidadãos portugueses para "apertarem os cintos".

Assim, peço aos responsáveis deste País à beira-mar plantado, independentemente de fazerem parte do Governo ou da oposição, que se sentem à mesa, debatam com sentido de Estado, com alguma lógica e acima de tudo com razoabilidade e bom senso, e se elaborem grandes linhas mestras de orientação política, para que, mesmo que se peçam medidas duras, a população possa entendê-las.

Amén

2 comentários:

Ricardo disse...

João o debate sério não é a função da Elite (no sentido académico do termo), mas sim a preservação da sua existência. O Regime está em ruptura há muito. A meu ver temos de comçar já a pensar no pós Regime.

Sandra disse...

É surpreendente ver-me, a mim, uma simples plebeia a comentar um blog destinado a fazer apreciações políticas e económico-financeiras.
A palavra que me apraz referir desta publicação é "estratégia".
Na minha humilde opinião, há uma crise de estrategas na nossa sociedade, e não falo só dos políticos. A estratégia, é um dom para muito poucos, e uma escassez de investimento pessoal na maior parte dos cidadãos portugueses. Houvesse na escola uma disciplina destinada a este dom em extinção, e teríamos com toda a certeza, politicas e orçamentos assertivos no futuro.