27 março 2011

Crise Política em Portugal

Os grandes responsáveis da situação actual


23 de Março de 2011, José Sócrates demitiu-se do cargo de 1º Ministro de Portugal, após ter sido recusado na Assembleia da República o P.E.C. IV (Plano de Estabilidade e Crescimento).

Portugal que se atravessa mais uma difícil crise económica (a milésima crise desde que D. Afonso Henriques disse que este bocado de terra não fazia parte de Espanha) vê-se agora também numa crise Política.
O que me leva a escrever é a forma como aparece esta crise política.

Em primeiro lugar, parece-me que o Governo, personalizado em José Sócrates, não foi honesto com as Instituições da Nação. Não me parece justo nem digno que se negoceie determinado conjunto de medidas gravosas para a sua população com as Instituições Comunitárias e não se diga nada às mais altas Instituições do País. Neste ponto o Governo esteve mal.

No entanto, o que salta à vista, é que a oposição (o principal Partido da Oposição) quer o poder a todo o custo, sem paciência para esperar. Do meu ponto de vista, o Governo tendo sido eleito há pouco mais de um Ano, deveria cumprir o mandato até ao fim. Não me parece correcto não se cumprir o mandato para o qual se é eleito e pelo período correspondente.

Mas o pior é que a oposição não tem qualquer noção do que pretende fazer quando chegar ao poder. O que dá a entender que o pensamento foi o seguinte:

- Apetece-me tanto o poder... quero mesmo o poder... estou muito ávido de poder... Retira-se o Governo e o 1º Ministro a qualquer custo, neste caso à custa de Portugal. Depois irão aparecer as justificações para ter derrubado o Governo e o 1º Ministro.

O que se pode esperar da oposição? Essa é a grande questão.Para já, e nem uma semana ainda tem a demissão do Governo e já podemos perceber algumas situações.
Coerência: Não vamos aumentar o IVA... Vamos aumentar o IVA!
Eleitoralismo: Vamos desde já acabar com a avaliação dos Professores!
Demagogia: Vamos criar políticas para combater o desemprego... Quando nas primeiras palavras se percebe que vão haver muitos Funcionários Públicos despedidos!

No meio de isto tudo fica o silêncio de quem foi eleito há bem pouco tempo - o Presidente da República, o garante da estabilidade política não disse nada... Interessante...

Amén

19 fevereiro 2011

IVA no Desporto - A Falta de Saúde em Portugal

Fantástico Cartoon, parabéns ao autor!
Eu sei lá, eu sei lá sei lá...!!! Eu sei lá, eu sei lá sei lá...!!! Eu juro que não sei onde é que vamos parar.

Após 15 anos sem actividade ou prática desportiva constante decidi em meados de 2010 voltar a praticar algum exercício físico.

O Governo deveria promover a prática desportiva, uma vez que a Saúde é um dos maiores bens que o ser humano tem, mas também é o sector do Estado onde existe o maior desequilíbrio financeiro!

Sim, é impressionante como Ano após Ano, a Saúde em Portugal não se endireita... É uma vergonha, mas a maior vergonha, é a imagem que se tenta passar de que é impossível a medicina não dar tanto prejuízo!

Voltando ao início do texto, dizia que voltei em 2010 a praticar algum desporto. Uma mensalidade de cinquenta e poucos euros (algo que ao início me pareceu caro mas que, posteriormente entendi como razoável). Em Janeiro deste Ano quando fui pagar.......... Ora e tal........., este mês são sessenta e tal euros!!!!!!!!!!!! Chiça!!!!!!

O que é que aconteceu? Ora aquilo que eu pagava estava a ser taxado com IVA de 6% . Agora pago uma taxa de IVA de 23%...

Questiono:
É razoável? É saudável? É politicamente correcto? O dinheiro que pago a mais em IVA vai ser aplicado na saúde, para quando estiver doente por não fazer desporto, poderem pagar os tratamentos? Não seria mais razoável prevenir que remediar?
E questiono ainda:
Não devia haver uma qualquer orientação política que incentivasse a prática desportiva? Não devia o nosso Governo ter um plano nacional contra os males que são comuns no Homem sedentário - obesidade, colesterol.... que se combate com o desporto?

Eu até consigo compreender que o buraco financeiro da República seja maior que o buraco do ozono! Mas não faz sentido tomar medidas que vão agravar esse buraco no futuro... tal como não é sustentável que a República Portuguesa se endivide à taxa de 7%.

Mais uma vez chego à triste conclusão que este quadrado à beira-mar plantado é mal Governado, sem ideias e sem estratégia, sem planos nem visão de futuro. Tenho pena. É triste.

Amén

24 outubro 2010

Orçamento de Estado para 2011

Está actualmente em debate, sério e credível, o Orçamento do Estado para o Ano de 2011.

Na minha modesta opinião, este Orçamento volta ser mais uma fraude, mais um documento que tem que ser elaborado, apresentado e aprovado!

O maior problema deste Orçamento não está nos cortes a que o próprio Estado se submete, nem aos enormes sacrifícios que o povo Português mais uma vez terá que fazer.

Os próprios responsaveis pela elaboração do documento afirmam ser um Orçamento "necessário". Ora, se nem os responsáveis por tal redacção acreditam nela, como havemos nós, simples plebeus, acatar tais decisões?
Ameçam-nos com o problema de termos entidades externas, como o FMI, a tomar conta do nosso País e que tal seria a grande desgraça do nosso querido País... questiono.... será assim uma desgraça tão grande?

Em meu simples entender, o GRAVE problema do Orçamento de Estado para o ano que vem, é precisamente o mesmo problema de todos os Orçamentos anteriores. SÃO DOCUMENTOS ELABORADOS SEM ESTRATÉGIA.

Questiono os mais entendidos e iluminados nesta matéria:
- Qual é a grande estratégia, presente neste Orçamento para a rede de transportes?
- Qual é a grande estratégia, presente neste Orçamento para a saúde?
- Qual é a grande estratégia, presente neste Orçamento para a educação?
- Qual é a grande estratégia, presente neste Orçamento para a justiça?
Podia enumerar outros, mas a resposta também não teria qualquer conteúdo.

Enquanto não houver um motivo racional considero que não devem pedir consecutivamente aos cidadãos portugueses para "apertarem os cintos".

Assim, peço aos responsáveis deste País à beira-mar plantado, independentemente de fazerem parte do Governo ou da oposição, que se sentem à mesa, debatam com sentido de Estado, com alguma lógica e acima de tudo com razoabilidade e bom senso, e se elaborem grandes linhas mestras de orientação política, para que, mesmo que se peçam medidas duras, a população possa entendê-las.

Amén